quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Probióticos protegem o intestino de lesões por radioterapia

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Tomar probiótico pode ajudar pacientes com câncer a evitar lesões intestinais decorrentes de radioterapia.
Radioterapia é frequentemente utilizada em câncer de próstata, colo do útero, bexiga, endométrio e outros tipos de cânceres abdominais. No entanto, a radioterapia pode destruir células neoplásicas, bem como células saudáveis, causando diarreia, se a mucosa intestinal for danificada.
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Para muitos pacientes, isso significa que a radioterapia deve ser interrompida, ou a dose reduzida, enquanto o intestino cura. Os probióticos podem proteger a mucosa do intestino delgado.
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Bactérias probióticas (Lactobacillus rhamnosus GG – LGG), em um estudo, protegeu o revestimento do intestino delgado em camundongos que receberam radioterapia. O revestimento do intestino é um epitélio simples (uma camada de células)que separa o conteúdo do intestino do restante do corpo, e sua ruptura expõe o corpo às bactérias intestinais, favorecendo a sepse.
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Os probióticos foram eficazes apenas se administrados antes da exposição à radiação. Assim, se os animais receberam probiótico após danos ao revestimento intestinal, não favoreceu o reparo.
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Estudos anteriores, em seres humanos, utilizaram os probióticos após o desenvolvimento de diarreia, quando as células intestinais já haviam sido danificadas. Mas, o estudo agora sugere que deveria ser administrado o probiótico antes do início dos sintomas, ou até mesmo antes do início da radioterapia, porque a função do probiótico parece ser evitar os danos, ao invés de facilitar o reparo.
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Estudos anteriores demonstraram que a produção de prostaglandinas e ciclooxigenase-2 (COX-2) impedia a morte celular programada (apoptose) em resposta à radiação. Doses de Lactobacilos (LGG) administradas diretamente no estômago protegeram apenas camundongos capazes de produzir COX-2. Em animais incapazes de produzir COX-2, a radiação destruiu células epiteliais do intestino, tal como ocorreu em camundongos que não receberam o probiótico. No intestino grosso, células que produzem COX-2 migram para os locais da lesão e ajudam no reparo.  No intestino delgado, células expressando COX-2 podiam migrar da cripta, exercendo papel protetor.
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As doses administradas no experimento foram similar ao encontrado em iogurte ou probióticos disponív eis comercialmente. Assim, não deve haver risco associado maior do que a ingestão de iogurte.

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