quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Células imunes que nos defende do sistema imune - é o "It's self, stupid!"

Immune system has protective memory cells, researchers discover


Descobertas, relatados na edição de 27 de novembro (2011) na Nature, podem permitir novas estratégias para o combate de doenças autoimunes bem como prevenir rejeições de transplantes.
As células identificadas neste estudo circulam no sangue e são contrapartes da células de memórias que se formam quando somos expostos à antígenos (infecção ou vacinação).
Abul Abbas, Michael Rosenblum e Iris Gratz usaram um modelo animal (camundongo) de doença autoimune para descobrir um papel dos linfócitos T reguladores (Treg) na memória do sistema imune.
Eles descobriram que o corpo se defende dos ataques autoimunes por ativar protetivamente uma pequena fração de linfócitos T reguladores.
Este é um conceito novo - a de que os tecidos têm memória!, disse Abbas. "Exposições subsequente da mesma proteína que gera autoimunidade naquele tecido pode levar a doença inflamatória menos severa."
Doenças autoimunes são atribuídas a defeito de funcionamento de células imunitárias conhecidas como linfócitos, inclusive as produtoras de anticorpos, que normalmente atacam proteínas não-próprias.
Nas doenças autoimunes, linfócitos pode ser direcionados contra proteínas próprias. Na esclerose múltipla, por exemplo, os linfócitos produzem anticorpos contra a mielina que envolve os axônios. No lupus, anticorpos atacam DNA.
Mas em muitos casos, as doenças autoimunes podem envolver resposta anormal de linfócitos T reguladores (Tregs). "Assim, ao invés de uma resposta imune que ataca, esta é uma resposta imune que suprime o ataque", diz Rosenblum. Os dois tipos de células existem em equilíbrio, e este equilíbrio pode ser rompido nas doenças autoimune.
Clínicos já observaram que uma doença autoimune que ataca um único órgão, pode sofrer uma amenização ao longo do tempo. Além disso, injeções repetidas, com doses gradualmente elevadas de um alérgeno, pode amenizar a severidade de doenças alérgicas.
Os pesquisadores desenvolveram um camundongo em que podiam controlar a expressão de uma proteína - ovalbumina - na pele, ou seja, os pesquisadores poderiam fazê-la ser expressadas (ligadas) ou não (desligadas). Os camundongos foram estimulados a produzi-la em abundância o que provocaria uma resposta autoimune. Mas...
... a presença da proteína também estimulou a ativação de linfócitos T reguladores (Treg). Os Tregs ativados proliferaram e se transformaram em formas mais potentes que suprimiam a autoimunidade.
Quando os pesquisadores inibiram e novamente estimularam em abundância a produção de ovalbumina nos camundongos uma resposta autoimune mais fraca foi o que ocorreu, devido à presença de Tregs ativados. Estas células estão em estudo no tratamenteo de rejeição de órgãos transplantados.
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Este texto pode ser lido levando em consideração matéria publicada na REVISTA CIENCIA HOJE.
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