segunda-feira, 2 de maio de 2011

Eu tenho muita admiração pela ENFERMAGEM.

Caríssimos colegas da Odontologia,

Eu tenho muito carinho, respeito e admiração pelos profissionais e pela profissão da Enfermagem.
Eles criaram uma forma de perceber e gerenciar a saúde das pessoas, de forma singular.
É difícil de entender porque é bem diferente da forma como fazem os outros profissionais.
Isto às vezes acarreta em preconceito.

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Um aspecto que eu tenho discutido com vários enfermeiros e enfermeiras, é o de que precisamos dialogar mais a ODONTOLOGIA e a ENFERMAGEM. Nós somos uma profissão (nós dentistas) sem a enfermagem. Ainda não atuamos adequadamente, e acredito que nem minimamente. Eu percebo que há alguns exercícios, mas uma verdadeira interação não há.
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Bem, sapeando pela internet me deparei com uma notícia no link Click aqui sobre uma nova abordagem da Enfermagem em relação aos cuidados de higiene oral em pessoas com demência.
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Fiz uma tradução livre que posto a seguir, mas que pode ser lida o original no link acima.
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Boa leitura,


Má-higiene bucal causa problemas cardíacos
Sunday, May 1, 2011
Rita Jablonski, assistant professor of nursing, Penn State, shows an oral hygiene approach she helped develop for patients with dementia on an actor refusing care.

Gene Maylock, copyright 2008 Penn State School of Nursing/Center for Excellence in Geriatric Nursing
Credit: Gene Maylock Rita Jablonski, assistant professor of nursing at Penn State, shows an oral hygiene approach she helped develop for patients with dementia on an actor refusing care.
Os enfermeiros que cuidam de pacientes com demência têm agora uma abordagem adaptada à higiene bucal, graças a um estudo piloto realizado por uma equipe de enfermagem.
“Má higiene bucal pode levar a pneumonia e doenças cardiovasculares, bem como a doenças periodontais”, disse R.A. Jablonski, apesar de isto ainda não ser conhecido pelo público”. Segundo Jablonski, pessoas com demência resistem aos cuidados quando se sentem ameaçadas. De uma maneira geral, estes pacientes não podem cuidar de sua própria higiene e precisam de ajuda.
Jablonski e sua equipe desenvolveram uma abordagem de hygiene oral chamada de GESTÃO DE HIGIENE ORAL USANDO REDUÇÃO DE RISCO (em inglês gera o acrônimo MOUTh – boca - Managing Oral Hygiene Using Threat Reduction) especificamente para pacientes com demência.
Muitas de suas estratégias estão focadas em fazer o paciente se sentir mais confortável antes e durante os cuidados de higiene oral, como está relatado no periódico Special Care of Dentistry.
“Nós desenvolvemos quinze estratégias – técnicas que ajudam a reduzir a percepção de risco”, disse Jablonski. Estas estratégias incluem (1) a abordagem do paciente em nível dos olhar se eles estiverem sentado, (2) sorrir enquanto interagem, (3) fazer mímica, (4) e guiar o paciente na realização do auto-cuidado, colocando as mãos sobre as mãos do paciente e ajudando, guiando.
Pessoas com demência frequentemente têm dificuldade de distinguir situações sem risco ou de baixo risco daquelas de alto risco. Isto acontece porque parte do cérebro que controla a percepção de risco – especialmente as respostas de  luta, brigar ou congelar – começam a deteriorar. As amígdalas é a parte do cérebro que abriga estas respostas de medo. O hipocampo e o córtex cerebral recebem e enviam mensagens para a amígdala, indicando como reagir.
“Pense no hipocampo, córtex cerebral e amígdalas como estando em uma florestas”, diz Jablonski. “Na pessoa com demência, os caminhos pela floresta estão bloqueados com árvores caídas e a mensagem do córtex e do hipocampo não consegue chegar à amígdala.” Assim, o paciente com demência frequentemente reage a algo tão íntimo como a escovação de seus dentes como um ameaça.
Nos últimos 30 anos, o número de pessoas que necessitam de cuidados de higiene oral em casa prestada por profissionais e que têm ainda os seus dentes naturais (ou implantes) tem aumentado significativamente. Muitas destas pessoas precisam de assistência com higiene dentária, bem como outras higienes.
Jablonski e sua equipe realizaram um estudo pilogo com sete pessoas que tinha ou moderada ou severa demência. Os pesquisadores aplicaram a técnica MOUTh aos pacientes por duas semanas, anotando o estado da boca do paciente e como os pacientes reagiram durante o estudo.
No começo do estudo, todos os sete sujeitos tinha pobre hygiene oral, como determinado por uma Ferramenta de Registro de Saúde Oral. Oito categorias a respeito da saúde oral foram avaliadas e ranqueadas entre zero e dois. Quanto menor o escore mais saudável a boca. A média de escore no início do estudo foi de 7,29, enquanto no final a média ficou em 1,00.
“Que eu saiba, nós somos  as únicas enfermeiras no país que se preocuparam em melhorar os cuidados de higiene bucal em pessoas com demência, especialmente àquelas que apresentam resistência, que lutam e mordem durante o tratamento” disse Jablonski. “Nossa abordagem é única porque nós identificamos que o comportamento de resistência é uma reação a um risco percebido.”

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