sábado, 24 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Os alvéolos são formados constantemente, i.e., os pulmões não estão completamente formado aos tres anos de idade
http://www.sciencedaily.com/releases/2011/12/111206082602.htm
Study Fundamentally Alters Our Understanding of Lung Growth
The researchers, led by a team at the University of Leicester, put forward a theory for the first time based on research evidence that new air sacs, called alveoli, are constantly being formed. This contradicts information in most medical textbooks that explain that the tiny air sacs begin to develop before birth (around the 6th month of pregnancy) and continue to increase in number until the age of about 3 years.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
FEBRE AMARELA - A CRIAÇÃO DE UMA EPIDEMIA
A cobertura da febre amarela pela Folha
Enviado por luisnassif, qui, 08/12/2011 - 20:00
Por Evanildo da Silveira
Lembra da campanha da Folha, Eliane Cantanhêde, "a favor" de uma epidemia de febre amarela em 2007 e 2008? Quer a Folha insistia que haveria uma epidemia da doença. Agora, uma pesquisadora da USP desmacara aquele absurdo:
Pesquisadora da USP desconstrói discurso epidêmico
da cobertura jornalística sobre febre amarela
Analisar o discurso veiculado pelo jornal Folha de S. Paulo durante a epizootia de febre amarela silvestre, que atingiu também seres humanos, foi o objetivo da dissertação de mestrado “Epidemia midiática: um estudo sobre a construção de sentidos na cobertura da Folha de S.Paulo sobre a febre amarela, no verão 2007- 2008” , defendida pela jornalista e pesquisadora Cláudia Malinverni, na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.
Foram analisadas 118 matérias veiculadas pelo jornal, entre 21 de dezembro de 2007 e 29 de fevereiro de 2008, recorte temporal que permitiu localizar a notícia que deu início ao fenômeno de agendamento midiático, a evolução do grau de noticiabilidade do tema e o seu desgaste como pauta de relevância. Para apoio à análise, foram selecionados 40 documentos institucionais sobre a doença, emitidos pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, no mesmo período.
Os achados indicam que as estratégias discursivas da cobertura jornalística relativizaram o discurso da autoridade de saúde pública; enfatizaram o “aumento progressivo” do número de casos; colocaram a vacinação como o limite entre a vida e a morte, omitindo riscos do uso indiscriminado da vacina antiamarílica; e propagaram a tese de uma iminente epidemia de febre amarela de grandes proporções. Essas estratégias deram novos sentidos à doença, deslocando o evento de sua forma silvestre, espacialmente restrita e de gravidade limitada, para a urbana, de caráter epidêmico e potencialmente mais grave.
Secundariamente, a análise permitiu identificar os riscos a que a população foi exposta em função dos sentidos produzidos pelo discurso midiático, com a ocorrência de óbitos diretamente relacionados ao noticiário veiculado pela imprensa, de modo geral, e seus impactos sobre o sistema público de saúde brasileiro. Como resultado da “epidemia midiática”, houve uma explosão da demanda pela vacina, que obrigou o Ministério da Saúde a distribuir, entre dezembro de 2007 e 22/02/2008, 13,6 milhões de doses da vacina antiamarílica, mais de 10 milhões de doses acima da distribuição média de rotina, para o período. Em menos de dois meses, mais de 7,6 milhões de doses foram aplicadas na população, 6,8 milhões só em janeiro de 2008, ápice do agendamento midiático. Em razão do aumento exponencial do consumo de vacina, o Brasil, um dos três fabricantes mundiais do antiamarílico, suspendeu a exportação do imunobiológico e pediu à Organização Mundial da Saúde (OMS) mais 4 milhões de doses do estoque de emergência global.
Além disso, a omissão da cobertura jornalística quanto aos riscos inerentes ao uso indiscriminado da vacina expôs a população brasileira a riscos letais. Em 2008, a vigilância de eventos adversos pós-vacinal do Ministério da Saúde registrou 8 casos de reação grave à vacina, dos quais 6 foram a óbito, 2 deles por doença viscerotrópica (DV), a forma mais rara e grave de reação ao vírus vacinal. Ressalte-se que, no Brasil, em nove anos (1999-2007) foram registrados 8 casos de DV, com 7 óbitos.
As matérias produzidas pelo jornal deram intensa visibilidade (saliência) às informações que visavam relativizar a instância discursiva oficial, que, por sua vez, não conseguiu impor-se ao fluxo discursivo midiático. Os sentidos produzidos pela cobertura jornalística tiraram de perspectiva as complexidades dos processos do adoecimento humano e os limites do conhecimento no tratamento das doenças. Nesta luta simbólica, perdeu o sistema público de saúde, mas, sobretudo, perdeu a população brasileira: mortes ocorreram.
Mais informações com a pesquisadora Claudia, pelo e-mail: Claudia.malinverni@usp.br
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
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